segunda-feira, 27 de abril de 2009

DJs de ocasião


Não sou e nunca fui baladeiro. Mas acompanho com certa curiosidade o fenômeno da música eletrônica no Brasil. Viver de música já é uma coisa complicadíssima. Só sabe disso quem é músico ou tem parente na família. E, acredito, os DJs já devem enfrentar uma séria competição com tantos neófitos oriundos de "cursos para DJ", concursos, aventureiros e finalmente... lógico que tinha que ter algo a mais para atrapalhar... DJs de ocasião.

Sei que muitos procuram uma balada de acordo com o DJ residente ou convidado, mas beira o estelionato musical (sim, sou exagerado) pagar para ir ver um ator de novela tocar sua seleção musical. OK, você pode achar até compreensível e divertido. Há gosto para tudo. E se soubesse que uma casa pode pagar R$ 8 mil por um DJ que na verdade é galã da novela das sete??? Será que os DJs "mortais" ganham... vamos lá.. metade disso por uma noite? Fazendo uma, digamos, comparação invertida... pagar para ouvir o ator que faz o "maluco" na novela seria o mesmo que pedir ao saudoso tenor Luciano Pavarotti que cantasse "Fuscão Preto". Pelo menos criou-se uma nova profissao: Personal DJ!

Acompanhe agora um trecho da matéria do portal G1. Eu volto depois!

O DJ Bruno Gagliasso [foto] gosta de tocar "anos 80, tipo Balão Mágico e Raul". A DJ Deborah Secco põe todo mundo para rebolar com funk carioca, enquanto a DJ Denise Fraga consegue a mesma proeza, mas com samba de raiz nos toca-discos. Já André Marques contratou até um "personal DJ" para aprimorar sua mistura de house e tecno.

Não se tratam de homônimos de astros globais que estão comandando as picapes de festas descoladas. São elas mesmas, as celebridades, que andam atraindo os holofotes na noite do Rio e de São Paulo com seus discos - ou Ipods - cheios de surpresas.

"Não sou profissional. Só brinco de pôr um som", explica Bruno Gagliasso, destaque da novela "Caminho das Índias" e DJ de ocasião. "É uma sensação difícil de explicar: ver as pessoas ali dançando empolgadas com as músicas que você está tocando", conta o ator, que também inclui em seus sets "funks das antigas, tipo Claudinho e Buchecha e MC Marcinho".

Em geral, as festas em que Bruno se arrisca como DJ são promovidas por marcas interessadas em atrair os flashes do colunismo social. No último carnaval, a atriz Luana Piovani tocou em um camarote patrocinado por uma marca de cerveja, assim como a colega, Deborah Secco.

André [Marques], no entanto, não gosta de ser encaixado na categoria "famosos que se arriscam nas picapes". "O pessoal tem muito preconceito. Quando eu chego para tocar no clube, acham que não sei de nada. Mas geralmente surpreendo, modéstia à parte", revela o apresentador que é o atual residente de um projeto quinzenal às sextas-feiras no clube Royal, no centro de São Paulo, e tem uma agenda cheia de convites para tocar em baladas Brasil afora.

"Claro que minha prioridade é ser ator e apresentador. Mas posso dizer que DJ é a minha segunda profissão", conta André, que não vê como entrave a proposta de lei do senador Romeu Tuma (PTB), que sugere que todo DJ precise de um diploma e registro no Ministério do Trabalho para exercer o ofício.

"Sei que a maioria dos DJs mais experientes é contra a regulamentação. Mas se precisar, corro atrás, tiro diploma...", garante o astro global.

VOLTEI

Eu entendi bem? Querem sugerir que todo DJ precise de diploma e registro? É o HORROR!!! Vão cobrar diploma dos demais músicos também? Eu sou da opinião que um DJ ganharia tendo mais cultura musical, mas isso tudo é um exagero. O que falta mesmo é bom senso e vergonha na cara.

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