terça-feira, 10 de março de 2009

Educação Musical


Vamos ao primeiro post sério e reflexivo do blog. Já disse na apresentação do blog que não sou músico. Mas então estudar música mais de dez anos é perder tempo? Muito pelo contrário. É que infelizmente no Brasil não temos a cultura da Educação Musical. Tá certo que nos EUA o investimento nessa área diminuiu durante o governo George W. Bush (e deve aumentar com o Obama), mas lá se ensina música desde cedo nas escolas. Por isso mesmo vemos tantas fanfarras, big bands, peças teatrais e outras montagens. No Brasil, onde tudo é precário é mais difícil ainda imaginar aulas de música sejam no ensino privado ou público.

Mas enfim, vou utilizar a Wikipedia (atenção estudantes, nem tudo lá é perfeito!) para encontrar a conceituação de Educação Musical. Volto depois, OK?

Educação Musical
é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à música enquanto arte, linguagem e conhecimento. A educação musical, assim como a educação geral e plena do indivíduo, acontece assistematicamente na sociedade, por meio, principalmente, da industria cultural e do folclore e sistematicamente na escola ou em outras instituições de ensino.

Nem sempre a Educação Musical busca a formação do músico profissional, muito embora para estes os conhecimentos desta área sejam importantes. A Educação Musical no âmbito da escola regular, por exemplo, busca musicalizar o indivíduo, ou seja, dar a ele as condições para que compreenda o que se passa no plano da expressão e no plano do significado quando ouve ou executa música. Musicalizar é dar ao indivíduo as ferramentas básicas para a compreensão e utilização da linguagem musical.

Diversas experiências em Educação Musical aconteceram em diferentes partes do mundo, principalmente no século XX. A preocupação com a Educação Musical, juntamente com o nacionalismo do início do século passado, marcou uma forte tendência mundial. Diversos educadores propuseram métodos e estratégias para a Educação Musical. Entre eles, destacam-se:

- Kodaly, na Hungria;
- Suzuki, no Japão;
- Villa-Lobos, no Brasil;
- Edwin Gordon, nos EUA;


A trajetória da Educação Musical, no Brasil, acompanha o desenrolar da educação brasileira. Há registros de uso da música na educação desde a chegada das primeiras missões jesuíticas ao país. Neste período, a música, bem como as demais artes, era empregada na catequese. Este quadro permanece praticamente inalterado, à exceção da ampliação dos colégios jesuítas, durante os séculos XVI, XVII e primeira metade do Século XVIII.

O Canto Orfeônico

Considerado o maior movimento de Educação Musical de massas já ocorrido no Brasil, o Canto Orfeônico ligava-se ao ideário escolanovista e tem sua imagem profundamente ligada ao governo de Getúlio Vargas. Foi durante o Estado Novo que o Canto Orfeônico se constituiu enquanto movimento, tendo à frente, o maestro Heitor Villa-Lobos.

O Canto Orfeônico esteve presente nas escolas brasileiras até o final da década de 1960, momento em que desaparece paulatinamente da educação. Isto aconteceu, entre outros motivos, depois da promulgação da Lei 5.692/1971, a qual tornou obrigatório o ensino de artes e também criou a chamada polivalência.

A polivalência no ensino de artes refere-se a idéia de que um mesmo profissional poderia dar conta de ensinar Artes Visuais, Teatro, Música e Dança.

A Lei 11.769/2008

A Lei 11.769, publicada no D.O.U. de 19 de agosto de 2008 altera a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituindo a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas brasileiras.

VOLTEI

Não sei se a obrigatoriedade vai colar. Pois bem, aprender música serve para diversos fins. E espero que este blog ajude a quem se dispuser a acompanhá-lo a descobrir novidades.

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